segunda-feira, 9 de junho de 2008

Para o Carlos do 5º E e para o Pestinha

Carlos, eu não tenho um coração grande nem faço coisas que as outras pessoas não fazem. Nem penses nisso! Há muita gente a ajudar, em silêncio, sem deitar foguetes. Aí, em Porugal, se calhar em tua casa. E fazer bem també é um bocado egoismo, porque nós sentimo-nos tão bem, tão felizes. Já te aconteceu, com certeza.
E quando o Pestinha me pergunta se eu estaria disposta a fazer o mesmo em Portugal, eu tenho que dizer que comecei precisamente aí em Portugal.

Infelizmente, as pessoas que eu quis ajudar, porque sei que precisavam, não aceitaram muito bem. Porquê? Porque me conheciam, porque tinham vergonha, por muitas razões. Outras pessoas vinham pedir ajuda e depois eu descobria que não precisavam dela. Eram "pedintes oficiais". Pergunta ao Professor Raul o que isso quer dizer...

Mas olha, houve muitas coisas que fiz aí e vou continuar a fazer enquanto puder: dar catequese, coordenar grupos de adultos que se juntam para reflectir em conjunto sobre a Fé, ir contar histórias às escolas primárias, etc. Que achas? Também um dia me meti a tentar fazer no largo do Marquês, no Porto, que, no Verão, aos fins de semana, houvesse animação, como eu e os meus netos vimos em Londres, há dois anos. Mas a Câmara não me deu troco... Não penses que vou desistir. Está em banho-maria. Porque há muitos velhotes que se haviam de divertir muito ali no Jardim. que assim só serve para jogarem as cartas.
Estão respondidas as perguntas? Espero que sim. Beijinhos

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