quarta-feira, 16 de julho de 2008

Não sei se isto é bloguisticamente correcto, mas...

O caso é este: um Amigo deixou-me um comentário relativamente ao poste "E que tal uma controversiazinha?" e eu discordei . Ao responder, veio-me ao pensamento que seria um assunto para um poste. Portanto, deixei lá a resposta, mas vou postá-la aqui também. Cá vai:


Caríssimo G,
dou-te razão em tudo o que dizes, agradeço os conselhos e as sugestões, mas... "a entrada maciça das mulheres no mercado de trabalho" teria de ser assumida como uma mudança como as outras e teriam de ser encontradas as soluções adequadas. Julgo que concordarás comigo que às mulheres não foi imposta, de nascença, a obrigação de serem as guardiãs únicas da família e da educação dos filhos.
O que tem acontecido, na minha opinião sentida na pele, é que as mulheres entraram para mais um mercado de trabalho (porque ser dona de casa e mãe e esposa já e TRABALHO!) quando os homens não estavam lá para o fazerem. Provaram do fruto proibido e gostaram. E têm preferido sacrificar-se e acumular dois empregos (ser Mãe, Esposa - detesto esta palavra - governanta, gestora doméstica e ainda ter uma profissão) a entrar em lutas abertas por uma verdadeira igualdade.
Porque as lutas das feministas não ajudam nada as mulheres. Eu não quero ser Homem. Mas quero não ser obrigada, só por ser Mulher, a ter mais trabalho e obrigações. E é isso que se vê, mas felizmente a diminuir. Sendo que a culpa da actuação dos homens é muitas vezes das suas mães...
Mais outro "contudo": o problema agora é que, apesar de vivermos cada vez mais tempo, muitas mães e pais julgam que ele, o tempo, é pouco para "gozar a vida". E demitem-se de serem Pais e Mães. Raramente, se é que é possível, se podem meter dois proveitos no mesmo saco... Deixam a tarefa à TV, às playstations e à Escola. Ora a Família pode tomar muitas formas e até acredito que não são os divórcios necessários que causam mais traumas ou problemas aos filhos. Chamo "divórcios necessários" àqueles que são impossíveis de resolver de outra maneira, porque a vida em comum se tornou uma guerra contínua. Porque também acredito que a maior parte dos divórcios é fruto do egoísmo. Ninguém cede um milímetro...
Um casamento é um investimento e qualquer pessoa se preocupa com os investimentos que faz, esquecendo-se muitas vezes de que, ao investir no casamento, está a investir no Futuro: será mais feliz, trabalhará melhor, será menos doente, terá filhos mais felizes e educados, encarará o envelhecimento com mais coragem e disponibilidade de espírito. E depois estas coisas multiplicam-se pelo efeito "bater de asas da borboleta".
Olha, decidi neste preciso momento que vou vou postar esta resposta ao teu comentário. Técnica de marketing... Só lhe acrescentei uns pinguitos...