Sim, coitadita de mim, que sou uma pessoa sem nada de especial e que recebe, por certo imerecidamente, tanto carinho de todos os que aqui vêm visitar-me. Não ando fugida, não: apenas ocupada em outras lides e sem ter todo o tempo de que dispunha para blogar à vontade...
Quero aqui responder a todos, dizendo que continuo lúcida (até os loucos se julgam lúcidos, por isso esta recomendação não faz muito sentido...) na apreciação do que se passa à minha volta, que sinto uma enorme preocupação com a situação actual, que me custa não ver dirigentes à altura, capazes de mobilizarem os Portugueses para o trabalho, a auto-estima bem orientada, o respeito próprio. E mais do que um, porque nós somos todos diversos. Farta de cantar a uma só voz devemos estar todos.
Olho à minha volta e fico zangada comigo: a minha primeira tentação é criticar. Ora eu não nasci para dizer mal, valha-me Deus! Mas o que é que vejo? Ontem fui a uma empresa de comunicação para simplesmente formatar a internet portátil numa pen em vez da placa que tinha. Na loja onde me apresentei, uma entre milhares das que agora pululam, especialmente nos centros comerciais, estavam sete (!) funcionários, três meninas e quatro meninos. Loja vazia. Não senhora, não faziam aquele trabalho. Só na loja técnica. Ali só se vendia. E na loja técnica só com hora marcada. Disposta a mudar de operadora se, pelo menos, não fosse bem atendida, lá fui à loja técnica com hora marcada. E apareceu-me um jovem simpático, que descomplicou aquele trabalho todo, que mostrou uma disponibilidade e uma simpatia inexcedíveis, que fez o que lhe pedi e o que não pedi, com um sorriso e uma forma de trabalhar que me puseram de bem com o mundo. E mais, sem ele o dizer abertamente, fiquei a saber que aquela operação poderia muito facilmente ter sido realizada por qualquer um daqueles "sábios" que estavam a fazer que faziam alguma coisa...
Como sabem, também sou Formadora. Privilegio a área das Relações Humanas. Pois um dia destes descobri que muita da formação que agora é dada de pacotilha aos novos exércitos de jovens que são necessários para alimentar esta economia de faz-de-conta, em que nada se produz e tudo se "serve", é baseada na teoria de que "distância é que é preciso. O cliente é chato (sic), exigente"!
Coisas boas para dizer: há um Professor chamado António que conquistou um aluno rebelde e o tem na mão! Com o recurso ao e-mail!
A "minha" oliveira que veio de Israel e que os alunos do Raul plantaram comigo no Colégio dos Carvalhos está radiosa!
Esta bela notícia foi-me transmitida por texto de uma aluna!
O meu neto mais velho está a subir as classificações de teste para teste e tem uma namorada que o "ajuda" a ser mais responsável!
Os meus dois outros netos, irmãos, continuam óptimos alunos!
O Pai deles, meu Filho, não desiste de pregar aos peixes e de mostrar o que se pode fazer para não nos afundarmos na recessão!
E as minhas palavras voltaram a ser jovens, limpas, renovadas!
terça-feira, 28 de outubro de 2008
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