domingo, 4 de maio de 2008

Deus e a Mãe da Criança Diferente

Por ano, mais de 100 mil mães tornam-se mães de crianças diferentes...
Você alguma vez já pensou como as mães das crianças diferentes são escolhidas por Deus?

Imaginemos Deus pairando sobre a Terra, seleccionando as mães para receberem os seus filhos e instruindo seus anjos para tomarem nota num grande livro:
-“Para Regina, um menino, anjo da guarda Mateus”.
-“Para Cristina, uma menina, anjo da guarda Marcela”.
-“Para Teresa, gêmeos, anjo da guarda Fernando”.

Finalmente Ele passa um nome para um anjo, sorri e diz:
-“Dá-lhe uma criança diferente”.
O anjo cheio de curiosidade pergunta:
-“Por que a ela Senhor? Ela é tão alegre...”
-“Exactamente por isso... Como poderia eu dar uma criança diferente para uma mãe que não soubesse o valor de um sorriso? Seria cruel!”
-“Mas será que ela terá paciência?”
-“Eu não quero que ela tenha muita paciência, porque aí ela, com certeza, se afogará no mar da auto-piedade e desespero. Logo que o choque e o ressentimento passar, ela saberá como agir”.
-“Senhor, eu estive a observá-la hoje. Ela tem aquele forte sentimento de independência”.
-“ Ela terá que ensinar a criança a viver no seu mundo, e não vai ser fácil”.
-“E além do mais, Senhor, eu acho que ela nem acredita na Sua existência.”
Deus sorri.
-“Não tem importância. Eu posso dar um jeito nisso. Ela é perfeita. Ela possui o egoísmo no ponto certo.”
O anjo quase se engasgou.
-“Egoísmo? E isso é, por acaso, uma virtude?”
Deus acenou um sim e acrescentou:
-“Se ela não conseguir separar-se da criança de vez em quando, ela não sobreviverá. Sim, essa é uma das mulheres que eu abençoarei com uma criança menos perfeita. Ela ainda não faz ideia, mas ela será também muito invejada. Sabes, ela nunca irá admitir uma palavra não dita, ela nunca irá considerar um passo adiante, uma coisa comum. Quando o seu filho disser mamã pela primeira vez, ela pressentirá que está a presenciar um milagre. Quando ela descrever uma árvore ou um pôr do sol para o seu filho cego, ela verá como poucos já conseguiram ver a minha obra. Eu permitir-lhe-ei ver claramente coisas como ignorância, crueldade, preconceito e ajudá-la-ei a superar tudo. Ela nunca estará sozinha. Eu estarei ao seu lado em cada minuto da sua vida, porque ela estará a trabalhar junto comigo”.
-“Bom, e quem, Senhor, estais a pensar em mandar como anjo da guarda?”
Deus sorriu.
-“Dá-lhe um espelho, ... É o suficiente !”

A família toda antes da primeira "comissão de serviço"

Posted by PicasaDa esquerda para a direita:
Rui, Joana, Mãe, Tiago, Carlos, Fátima
Em baixo, Pedro, Inês e Rodrigo.
A Vera, altruisticamente, está por detrás da câmara...
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O Rui Carlos

Este é o Rui Carlos. Neste dia, 29 de Abril de 2006, foi-me entregue em Quelimane. Tinha sete meses e quase nenhumas esperanças de vida. Não acreditei. Não podia trazê-lo, mas deixei-o bem entregue. Vejam-no daí a três meses, fruto do Amor da Irmã Ademira, a quem o confiei.Noutra foto já acima.

Nabices de Mãe

Mãe,
Palavra breve,
suave e leve,
Maior do que a Vida.
Filho,
Milagre eterno,
Profundo e terno,
Que enche a Vida!


(Não fui capaz de pôr estas palavras como legenda da foto com o meu filho Rui, em Dezembro de 1965, com cinco meses mal medidos)

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FILHOS

Filhos! Que coisa extraordinária! Permitam-me que fale apenas do ponto de vista feminino. Somos Mães porque temos Filhos e isso traz-nos qualquer coisa de divino. Sentir crescer aquele ser dentro de nós, senti-lo mover-se pela primeira vez, sonhar com ele antes de ele nascer, falar com ele… E depois, aquele momento em que o vemos pela primeira vez: como ele nos parece maravilhoso, o mais belo do mundo! Começamos a sonhar por ele, para ele e com ele e essa tarefa nunca mais nos abandona até ao fim, julgo eu.
Tive a felicidade de ter sentido por três vezes estas emoções, que depois se multiplicam nos Netos, numa cadeia de Afectos que nunca mais finda. Por favor, deixem-me ser agora um pouco prosaica e dizer que não tenho dúvidas de que há mulheres que dão à luz e não são Mães. E outras que nunca sentiram um ser vivo no seu ventre e o são. Mas nem por isso devemos descrer de que não há Amor mais incondicional do que o materno.
Ouso dizer que não amo os meus três filhos de igual maneira, porque eles são diferentes e cada um é cada um. Mas se houvesse balança para pesar o Amor, sei que ela ficaria equilibrada, sem um grama de diferença.
Depois, maravilhosamente, Deus deu-me a possibilidade de ter filhos do coração. De todos os tamanhos e idades. Quase em todos os continentes. E também eles me suscitam este sentimento de realização plena. Por todas as Mães, com todas as Mães, Obrigada, Senhor!