segunda-feira, 28 de julho de 2008

Divirtam-se, descansem, cultivem(-se), vivam um pouco mais devagar

Amigos,
como felizmente a minha Caixinha de Afectos se tornou muito grande e tenho receio de, por velhice, me esquecer de algum nome, não vos vou nomear. Mas quero deixar aqui a todos os Amigos, a todos os que me adoptaram como Avó, os votos muito profundos de que tenham umas óptimas férias. Vou sair da cidade por uns tempos e quero embeber-me na paisagem aldeã o mais completamente possível, o que não inclui Internet...
Portanto, por uns tempos, dou-vos descanso da minha presença diária. A todos, o meu Amor. Sim, Amor. Amizade é uma forma de Amor. Escrever um poste porque alguém conta com ele é uma forma de Amor. Fazer um comentário é uma forma de Amor. Amar é tão simples! E dar descanso também o é, ora essa!
Estou-vos imensamente grata pela paciência com que trataram esta anciã (!) e a recepção que me deram. Contem comigo para aquilo que eu possa ajudar. Trabalhar faz bem. E há tanta coisa em que posso ajudar: rever textos, fazer pesquisas, sei lá que mais! Estou aqui! Um abraço blogosférico ... Avó Pirueta

Vou dar férias... Vou para férias... E fazer bagi...

Ora, meus Amigos, eu agora estou naquela fase mágica da vida em que não tenho horários de trabalho, faço o que quero, às horas que quero, portanto, estou sempre de férias.
Aparentemente, mas de facto, mesmo as actividades em que me meto fazem parte do meu prazer de férias.
Por isso, e depois de passar a receita do bagi de batata para o Clap; Clap, Clap, etc. Clap, o que vou fazer de seguida, vou também dar férias: aos Amigos que me lêem e ao blogue.
Aproveitem bem, organizem-se, amem, beijem, abracem, digam às pessoas que amam que as amam, não deixem nada dessas coisas para amanhã. Porque, reparem:

É manhã. Já canta o galo.
Já canta o galo. É manhã.
Já canta o galo? Deixá-lo!
Quem sabe se vão matá-lo
E já não canta amanhã?!
O mundo está cheio de galos
que não cantam amanhã!


Clap, aqui vai o bagi de batata
Ingredientes para 3 ou 4 pessoas: 4 batatas grandes ou 6 médias; uma cebola grande, bem picada; duas colheres de sopa bem cheias de sementes de mostarda castanha; 10 folhas de caril; 4 malaguetas verdes, uma colher de chá de cominhos moídos; uma colher de chá bem cheia de açafrão das Índias; coentros frescos; 3 colheres de óleo de amendoim; alguma água.
As folhas de caril e as sementes de mostarda compram-se nas lojas dos indianos. As folhas de caril deveriam ser frescas e chamam-se, na verdade, folhas de caripat. Não há frescas mas há estas secas que servem muito bem.
Descasca-se as batatas e cortam-se em cubinhos de uns 5mm de lado. Quando estiverem todas cortadas, cobrem-se com água e sal e devem ficar assim pelo menos 10 minutos.
Num tacho, põe-se as três colheres de sopa de óleo de amendoim e quando estiver quente, lança-se as sementes de mostarda e deixam-se estalar. Junta-se a cebola ficada e fica a estrugir um bocado. Quando começa a gritar por água, juntamos as batatas escorridas, as folhas de caril, as malaguetas cortadas aos pedaços e o açafrão. Mexe-se e acrescenta-se água. Deve ficar no fim com muito pouco líquido. Coze em fogo lento e quando as batatas estiverem praticamente cozidas junta-se os cominhos e, a terminar, os coentros frescos cortados aos bocados, mesmo à mão.
Serve-se assim, como aperitivo ou com um simples ovo estrelado ou escalfado, serve de refeição.
Espero que gostes e informo que hoje fiz o bolo de cenoura com a cobertura de chocolate e estava uma delícia...