Pois é: o que este passarinho faz é "fazer pela vida"...
Dizia eu, dois postes mais abaixo, que tenho escrito textos que não publico porque, neste momento, não me sinto preparada para as reacções que poderiam suscitar. Por outro lado, pode acontecer que eu não tenha as informações necessárias e suficientes para sustentar os meus pontos de vista e se há coisa que me incomode é a injustiça.
Confesso que recebi a actual Ministra da Educação com algumas esperanças. Tantos anos de Escola, a vê-la por dentro, a ter que conviver com muitos dos seus podres inatacáveis, faziam-me descrer que algum dia a Educação em Portugal pudesse encontrar o seu caminho. Depressa me desiludi: as nossas leis parecem feitas à medida para proteger os "criminosos".
Depois, sinceramente, acho que a contestação à avaliação dos Professores não foi, a maior parte das vezes, tratada com a elevação mínima desejável de Pessoas que tinham a seu cargo a formação dos jovens. Porque a Escola há muito que não serve só para "passar" informação. Porque há outros canais que passam a informação com muito mais possibilidade de sucesso.
A Escola, suponho, continuo a supor, está ligada à criação e transmissão de conhecimento. Que, por ser conhecimento, não pode causar tédio.
Vi, na altura, imagens que me fizeram corar. E apesar de todos sabermos que, em certos momentos, cheios de razão, a perdemos por uma palavra, um gesto, vi esses percalços acontecerem vezes demais para o meu gosto.
Contava, depois da manifestação dos 100 000, que se criasse uma coesão assente em princípios que tenho visto aqui, na Blogosfera, defendidos por verdadeiros Professores (embora reconheça que alguns nada perderiam da razão que têm, pelo contrário, se se exprimissem num tom menos agressivo).
Mas o que tenho visto, afinal, é outra vez, docentes contra docentes. Professores titulares a puxarem dos seus galões. Conselhos Executivos que tanto se queixavam da "prisão" a que estavam sujeitos, a lutar sofregamente para manter os lugares. Ou colegialmente ou como directores. Uma tristeza. Porque, nós que sabemos a história, deixámo-nos, mais uma vez manobrar e vencer com uma arma tão antiga: dividir para reinar.
Infelizmente, neste momento, estamos todos a perder. Todos aqueles para quem a Escola dizia alguma coisa. Os bons Professores, os Alunos, Portugal. E já nem me atrevo a rezar. Parece-me estar a desperdiçar munições. Especialmente quando, por outras paragens, vejo tanta sede de saber, de aprender.