terça-feira, 17 de junho de 2008

Fazer pela vida


Pois é: o que este passarinho faz é "fazer pela vida"...
Dizia eu, dois postes mais abaixo, que tenho escrito textos que não publico porque, neste momento, não me sinto preparada para as reacções que poderiam suscitar. Por outro lado, pode acontecer que eu não tenha as informações necessárias e suficientes para sustentar os meus pontos de vista e se há coisa que me incomode é a injustiça.
Confesso que recebi a actual Ministra da Educação com algumas esperanças. Tantos anos de Escola, a vê-la por dentro, a ter que conviver com muitos dos seus podres inatacáveis, faziam-me descrer que algum dia a Educação em Portugal pudesse encontrar o seu caminho. Depressa me desiludi: as nossas leis parecem feitas à medida para proteger os "criminosos".
Depois, sinceramente, acho que a contestação à avaliação dos Professores não foi, a maior parte das vezes, tratada com a elevação mínima desejável de Pessoas que tinham a seu cargo a formação dos jovens. Porque a Escola há muito que não serve só para "passar" informação. Porque há outros canais que passam a informação com muito mais possibilidade de sucesso.
A Escola, suponho, continuo a supor, está ligada à criação e transmissão de conhecimento. Que, por ser conhecimento, não pode causar tédio.
Vi, na altura, imagens que me fizeram corar. E apesar de todos sabermos que, em certos momentos, cheios de razão, a perdemos por uma palavra, um gesto, vi esses percalços acontecerem vezes demais para o meu gosto.
Contava, depois da manifestação dos 100 000, que se criasse uma coesão assente em princípios que tenho visto aqui, na Blogosfera, defendidos por verdadeiros Professores (embora reconheça que alguns nada perderiam da razão que têm, pelo contrário, se se exprimissem num tom menos agressivo).
Mas o que tenho visto, afinal, é outra vez, docentes contra docentes. Professores titulares a puxarem dos seus galões. Conselhos Executivos que tanto se queixavam da "prisão" a que estavam sujeitos, a lutar sofregamente para manter os lugares. Ou colegialmente ou como directores. Uma tristeza. Porque, nós que sabemos a história, deixámo-nos, mais uma vez manobrar e vencer com uma arma tão antiga: dividir para reinar.
Infelizmente, neste momento, estamos todos a perder. Todos aqueles para quem a Escola dizia alguma coisa. Os bons Professores, os Alunos, Portugal. E já nem me atrevo a rezar. Parece-me estar a desperdiçar munições. Especialmente quando, por outras paragens, vejo tanta sede de saber, de aprender.

Curso Rápido de Relações Humanas

(Em Sete Lições...)
Que acharam do blogue anterior?
Comum, vulgar, nada de extraordinário? Sim, sim, sim! E faz-se? Pouco, pouco, pouco. Será difícil de ganharmos o hábito? Facílimo!

Vou transcrever o conteúdo de um pps que se chama:

Curso rápido de Relações Humanas em sete lições”

1ª Lição - As SEIS palavras mais importantes
Admito que o erro foi meu!

2ª Lição - As CINCO palavras mais importantes
Você fez um bom trabalho!

3ª Lição - As QUATRO palavras mais importantes
Qual a sua opinião?

4ª Lição - As TRÊS palavras mais importantes
Se faz favor!

5ª Lição - As DUAS palavras mais importantes
Muito obrigado.

6ª Lição - A palavra MAIS importante
Nós!

7ª Lição - A palavra MENOS importante
Eu!
Bem, desta vez já nem fico à espera da pancada...Mas vou acreditar sempre que estas regrazitas funcionam.

Cortesia, humildade e outras coisitas assim sem importância


Tenho textos escritos para este blogue que, no momento M, não consigo postar. É um sentimento confuso, misto de pudor, descrença, receio. Pudor, porque já me chamaram parva, sonhadora, irrealista, vezes suficientes para eu às vezes pensar que os outros têm razão. Descrença, porque aquilo sobre que escrevo é exigente, e as pessoas, de uma maneira geral, não estão para aí viradas. E irrealista, porque, vivendo há anos em continentes diferentes, em que o irrealismo é coisa a que não se liga a mínima se se quer avançar, não estou a ver este ponto de vista a frutificar na Europa.
Então, de repente, caiu-me sob os olhos uma frase de Leon Tolstoi: “Toda a gente quer mudar o mundo mas ninguém quer mudar”. E fui lendo o tal livro de que vos falei ontem e encontrei frases tão inspiradores que as resolvi partilhar convosco. Fala-se de “simpatia” e diz-se que ela “é um acto de amar (verbo) porque exige que estendamos a mão ao outro, que nos esforcemos, mesmo por pessoas de quem podemos não gostar muito. A bondade e a cortesia têm a ver com fazer as coisas que ajudam as relações a evoluírem suavemente. Isso inclui esforçarmo-nos pelos outros, apreciando-os, encorajando-os, sendo delicados, ouvindo-os bem, dando crédito e louvando os esforços feitos. (…)
Ultimamente têm demonstrado reconhecimento aos vossos alunos, aos vossos filhos, ao vosso cônjuge, aos vossos colegas? (…) Madre Teresa de Calcutá dizia muitas vezes que as pessoas precisam mais desesperadamente de reconhecimento do que de pão.”
(…) Lembre-se de que não tem de ser chefe para encorajar e influenciar os outros. A cortesia comum está em fazer pequenas coisas que fazem “de uma casa um lar”. Pequenas coisas como ser o primeiro a sorrir, a cumprimentar, a dizer “se faz favor”, “obrigado”, “desculpe”, “enganei-me”, “tem razão”, “fez muito melhor do que eu faria”.
A simpatia é o lubrificante das relações humanas”.
In “Lições para Executivos”, James C. Hunter