terça-feira, 10 de junho de 2008

Resposta para a Viki e Ana Mano

Minhas Lindas, vou-vos ensinar um ditado que os portugueses usam vezes demais, na minha opinião: "A galinha da minha vizinha é sempre melhor do que a minha!" Mentira! Podem ser diferentes, mas a galinha da minha vizinha não tem que ser melhor do que a minha. Portanto, minhas Queridas, eu peço-vos que, se gostam de mim como dizem, olhem para as vossas Avós como elas são e vejam-nas como umas grandes Avós. Amem-nas, respeitem-nas, mimem-nas, porque elas estão a fazer aquilo que é preciso no lugar e no tempo que é preciso.
Não estão aqui em África? Não, mas quase de certeza estão aí a fazer coisas muito precisas. Estão a trabalhar, a ajudar os filhos, a mimar os netos. Nunca comparem ninguém, porque nós só vemos pelo lado de fora, não vemos as pessoas por dentro.
Agora, também não quero que fiquem a pensar que fiquei triste ou aborrecida com os vossos comentários! Nada disso! Gostei muito de saber que apreciam o que eu faço, mas (outro ditado...) " o seu a seu dono". Sabem de que é que eu gostaria agora? Seria que vocês, pessoalmente ou pelo telefone, dessem um grande abraço e um grande beijo aos vossos Avós, ele e ela. Pode ser?
Beijinhos, minhas Lindas, da Avó Pirueta e que Deus vos abençoe.

Se é dia de Portugal, vamos falar Português!

À e Há
As palavras à e fazem um apelo a todos os falantes da língua portuguesa para que parem de os maltratar como tem sido feito estes últimos tempos!

APELO DO À
Olá, eu sou o à. Sou a contracção da preposição a e do artigo definido a, ou seja, a+a dá um à mais carregado. O meu acento é assim: à . Gosto de usar este boné conservador, detesto usar o boné à surfista… Os meus melhores amigos são substantivos e pronomes. Costumo vir em frases como: Vou à escola.
Não à avaliação normalista!
Não às aulas moribundas!
Não tenho nada a ver com o tempo… esse pelouro é do . Por favor, não me confundam com aquele tipo que tem medo de estar sozinho e que precisa de um h para o proteger!

APELO DO HÁ
Olá, eu sou o . Pertenço ao verbo haver e ando sempre aborrecido porque se estão sempre a esquecer de mim… Apresento-me então: sou a 3ª pessoa do singular do verbo haver no presente do indicativo. Dou-me muito bem com o tempo (duração, não o tempo de sol e chuva!):
Há bocado,
há dias,
há 1 hora,…
Mas também em frases como esta:
Há duas bananas na fruteira.
Há gente capaz de tudo.
Há muitas maneiras de matar pulgas...
Por favor, não me confundam com aquele tipo do boné!
Podemos dar uma ajudinha para não nos confundirem?
Uma maneira fácil de distinguir se é ou à é substituir o «» por «existe» ou «existem”:
Há estudantes que procuram saber mais. = Existem estudantes que procuram saber mais.
é a terceira pessoa do singular do presente do indicativo do verbo haver. O à, por sua vez, é a contracção da preposição a com o artigo definido feminino (a + a), que se fundiram numa só palavra. Esta fusão é assinalada, como em todas as contracções semelhantes, pelo acento grave (`).
A Andreia vai à piscina todos os fins-de-semana, mas há duas semanas que não a vejo por lá.

É nisto que eu acredito: o Futuro terá de ser uma bela mestiçagem!







No Domingo fui a casa da minha Amiga Isabel. Amiga de infância, praticamente. Amigas de sempre, numa Amizade que não tem nada a ver com locais, espaços, tempos, modos. Estamos anos sem nos vermos e recomeçamos a conversa onde a deixámos. Fui lá festejar o primeiro aniversário do Tomás, o neto mais novo, também por isso um pouco meu neto. É uma criança que nasceu para trazer Alegria.




O Tomás nasceu aqui em Luanda. no dia 8 de Junho, e teve na sua festinha meninos de todas as cores. É nisso que eu acredito para o Futuro. Estes arcos-íris são fundamentais. Partilho convosco algumas daquelas cenas triviais de festas de aniversário de um pouco mais que bebé. Vejam se não tenho razão para ter esperança.