Hoje li um poema sobre a
Palavra no blogue sletras.
Resolvi, num momento de maior descontracção, fazer uma brincadeira com palavras. Para que se perceba que uma coisa é Poesia (o que a Isabel Cabral publicou) e outra coisa é rima (que é o que vos dou a seguir). Não quero dizer que enjeito o que escrevi. Quero só que se sinta a diferença. Porque nem todos os versos são Poesia.
Palavras, armas mortais
Palavras de salvação
Palavras, golpes fatais,
Palavras, doce ilusão.
Palavras, luzes no escuro,
Palavras, noite cerrada
Palavras que fazem muro
Palavras que dizem nada.
Palavras que dizem tudo,
Palavras que tudo calam
Palavras de um mundo mudo
Palavras que tudo falam.
Palavras de salvação
Palavras, golpes fatais,
Palavras, doce ilusão.
Palavras, luzes no escuro,
Palavras, noite cerrada
Palavras que fazem muro
Palavras que dizem nada.
Palavras que dizem tudo,
Palavras que tudo calam
Palavras de um mundo mudo
Palavras que tudo falam.
Palavras que fecham portas
Palavras que abrem caminhos
Palavras quais folhas mortas
De que se tecem os ninhos.
Palavras, pedras, cristais
Penas, folhas e flores,
Cansadas, gastas, banais,
Jovens, falando de Amores.
Palavras, sempre palavras,
moldáveis, duras, tristonhas.
Palavras, sempre palavras,
simples, frágeis e risonhas.