terça-feira, 10 de junho de 2008

É nisto que eu acredito: o Futuro terá de ser uma bela mestiçagem!







No Domingo fui a casa da minha Amiga Isabel. Amiga de infância, praticamente. Amigas de sempre, numa Amizade que não tem nada a ver com locais, espaços, tempos, modos. Estamos anos sem nos vermos e recomeçamos a conversa onde a deixámos. Fui lá festejar o primeiro aniversário do Tomás, o neto mais novo, também por isso um pouco meu neto. É uma criança que nasceu para trazer Alegria.




O Tomás nasceu aqui em Luanda. no dia 8 de Junho, e teve na sua festinha meninos de todas as cores. É nisso que eu acredito para o Futuro. Estes arcos-íris são fundamentais. Partilho convosco algumas daquelas cenas triviais de festas de aniversário de um pouco mais que bebé. Vejam se não tenho razão para ter esperança.


4 comentários:

Raul Martins disse...

Uma lição de cidadania.
Também acredito nisto. E nós já fomos exemplo disso. E é uma forma de continuarmos a cumprir Portugal.

Anabela Magalhães disse...

Gostei muito de passar por aqui.
Mais encontros entre nós, não é assim??!!! É que o meu blogue está cheio de diferenças na igualdade!!
Beijos grandes

renard disse...

Como sul-africana criada 9 anos num país com a Apartheid em vigor presumo que, por vezes, pensem como serei em termos de tolerância racial.
Então é assim... Claro que era profundamente racista em criança. Não sabendo porquê, diziam-me que os pretos eram menos que nós e o seu único objectivo na vida era servir-nos.
Não me questionava porque é que na escola só havia brancos. Também não perdia tempo a tentar perceber porque é que os parques onde nós íamos proibíam a entrada a pretos... Diziam-me que eram perigosos e para ter medo e eu tinha!
Quando vim para Portugal com 9 anos devo dizer que aqui em Leirai haviam, no máximo, meia dúzia de pessoas de côr... Logo, não estranhei...
Mas eis que com os meus 12, 13 anos decidi começar a ler sobre o país onde nasci, ver documentários e filmes sobre a repressão, o papel do Nelson Mandela e do ANC e do National Party e comecei a entender tudo muito melhor.
Sou pela liberdade! De tudo! Como já disse anteriormente, os direitos individuais ao serem respeitados não deixa lugar para qualquer tipo de xenofobia.
É a minha posição agora e julgo estar no caminho certo. Tenho amigos pretos, amarelos, homosexuais, bi - sexuais, ninfomaníacos, virgens, ateus, agnósticos, católicos, muçulmanos... E, pronto, gosto deles todos por igual...

Beijos tribais

:):):):):)

Raul Martins disse...

Somos alunos do 5º A. Só hoje é que vimos a sua entrevista (excepto a Jeny que já leu e comentou). Escolhemos este texto porque pensamos que é bonito as pessoas conviverem umas com as outras independentemente da cor da pele, língua, origem e religião.

Não se costuma aborrecer com as crianças? (Pedro Castro)

Nunca se arrependeu do que faz em Angola? (Francisca)

Não tem pena de não estar a trabalhar em Moçambique já que gosta muito desse país? (Nelson)

Quando é que vem a Portugal para a podermos conhecer? (Catarina)

Quando cá vier pode contar-nos as suas histórias de Angola e Moçambique? (Inês)

Se tivesse que escolher entre Portugal e Angola, o que escolheria? (Ana Arminda)

Um beijinho grande de todos nós.

Ah! Obrigado pelos comentários que fez a textos de alunos da nossa turma no dia mundial da criança.