quarta-feira, 13 de agosto de 2008

Falta de brio profissional

A foto de hoje, tirada no dia 2 de Agosto numa parede do meu quarto, é um verdadeiro exemplo de brio profissional e de espírito inventivo. Resolvi mudar de fornecedor das tecnologias domésticas (tv por cabo, internet, telefone) e no dia 23 de Julho apareceu-me cá um "técnico"
que logo na sala me deixou um bocado admirada: colocou a chamada box no soalho, quando tinha por cima uma prateleira vazia que, aliás, estava aí para o efeito.
Fiquei na sala enquanto ele foi para o quarto, tivemos um ligeiro quiproquo por causa da Internet, assinei o papel e o homem foi-se embora "porque já eram 6 horas".
Quando cheguei ao quarto ia-me dando um ataque: Como o cabo era curto, o homem, em vez de me chamar, não esteve com meias medidas: pegou numa caixa que eu tinha à vista, depois colocou-lhe um leitor de cassetes por cima, mais uma cassete e colocou a box na vertical!
Nessa altura eu ainda andava com duas canadianas (agora é só uma) e notem o perigo que era eu andar por ali.
Não refiro o servidor, pois assim que reclamei foram impecáveis, pediram-me para fotografar e reclamar. Como tal me tinha sido pedido expressamente, assim o fiz. Por motivos meus, só vieram repetir todo o serviço no dia 2 de Agosto e ficou tudo numa boa.
Agora gostaria de saber se este funcionário (que era extra-empresa, pertencendo, portanto, a uma empresa subcontratada) é feliz. Não pode ser! Como ser feliz, como pode gostar de si alguém que é capaz de apresentar um serviço tão mal feito! Tive pena dele, porque tenho a certeza de que há algo que ele gostaria de fazer, em que se aplicaria, em que teria brio. Mas isso não desculpa o trabalho feito. Assim como não perdoo que as pessoas se desculpem de fazer as coisas mal feitas ou demoradas "porque ganham pouco". É uma questão de princípio: quando se aceita fazer algo é para ser bem feito!

6 comentários:

Carlos Faria disse...

concordo consigo. confesso que me diverti imenso com a foto, ao menos os lusitanos são capazes de rir de coisas tão tristes, talvez seja uma forma de superar os seus problemas.

Fátima André disse...

he!eh!eh!... é de rir, mas à distância, porque na hora às vezes até dá vontade de chorar. De repente lembro-me de duas idênticas, uma com a instalação de uma antena de TV lá na terra, outra aqui com umas mini-obras exteriores no prédio que fizeram com que chovesse na minha própria casa... nesta última desatinei, quase tive vontade de me pôr aos gritos ao homem que desaranjou e ao empreiteiro da obra, mas como não adiantaria, lá me contive na minha boa educação. Enfim, é triste a tristeza... :(

Bom regresso :)

Anabela Magalhães disse...

Concordo em absoluto com o que escreves. É preciso brio. Esta palavra faz parte do vocabulário das minhas aulas. Porque faz parte do meu próprio vocabulário.
Beijinhos

Passiflora Maré disse...

Abuleita quando uma coisa dessas me acontece fico pior do que uma Arara e sou de tal forma desabrida que esses "profissionais" até me ficam com medo!
Há lá paciência para sabermos mais que um jardineiro que tem 35 anos de profissão, ou que um trolha que nunca fez mais nada na vida???
Parabéns pela sua empregada doméstica!!!

Pedrita disse...

que delícia! vc voltou! essa foto é algo absolutamente surreal! eu talvez seria capaz de fazer algo assim, mas eu só péssima com esses troços. mas ele trabalha com isso. assustador! beijos, epdrita

Os Incansáveis disse...

Não importa se o que você faz é lavar chãos ou criar projetos: tem que se fazer bem feito!
(Bem-vinda! Estava com saudades)
Denise