segunda-feira, 5 de maio de 2008

O Tempo é tão relativo!

Parto para Angola no próximo sábado. O tempo resolve correr desenfreadamente e eu procuro não me assustar. “Já levas os livros de Inglês que o Paulo pediu? E a camisola do Sporting para o Dudu? Já escreveste o texto para ler no dia 12 na sessão de abertura da Comemoração da Semana de Enfermagem? Já puseste na mala aquele livro sobre plantas curativas? Já…?”
Tenho que aproveitar bem o tempo que o banco me dá para hoje. Por isso, vou partilhar com os que, por acaso, não conheçam esta parábola dos tempos modernos:
Imagine que existe um BANCO que, todas as manhãs, adiciona à sua conta 86.400 euros. Este banco, contudo, não transita saldos de um dia para o outro, não permite acumulações: quem usou, usou e quem não usou, perdeu! Todos os dias abre uma nova conta. Todas as noites elimina os saldos do dia anterior.
Se não utilizar o seu saldo diário, você é o único a perder, pois não tem uma segunda hipótese de utilizar o que sobra. Não existe reforço do saldo diário: por isso devemos viver o presente com o saldo de hoje. O que faria?... Imagino que retiraria todos os dias a quantidade que não tinha gasto, não é verdade?
Pois bem: todos nós temos um banco assim: …… o seu nome é TEMPO.
Todas a manhãs, o Banco do Tempo adiciona às nossas contas pessoais 86.400 segundos.
Todas as noites, esse mesmo banco retira das nossas contas e dá como perdida qualquer quantidade do saldo em tempo que não foi usado em algo proveitoso.
• Para entender o valor de um ano, pergunte a um estudante que reprovou nos exames.
• Para entender o valor de um mês, pergunte a uma mãe que olha para o seu bebé prematuro...
• Para entender o valor de uma semana, pergunte ao operário que não recebeu o salário semanal…
• Para entender o valor de uma hora, pergunte aos namorados que esperam para se encontrar...
• Para entender o valor de um minuto, pergunte ao viajante que perdeu o comboio...
• Para entender o valor de um segundo, pergunte a uma pessoa que esteve quase a ter um acidente...
• Para entender o valor de um milésimo de segundo, pergunte ao desportista que só ganhou a medalha de prata nas olimpíadas
O TEMPO NÃO ESPERA POR NINGUÉM…!

5 comentários:

JMA disse...

Venho desejar-te um bom tempo de preparação de mais uma viagem. Sabendo que o aproveitarás sabiamente.

Anabela Magalhães disse...

Muito bonito. Muito profundo. Muito verdadeiro. Muito sábio. E mais não digo.

Raul Martins disse...

E o tempo urge!
E quantas vezes não desperdiçamos o nosso tempo de forma inútil!
Não conhecia esta "parábola". Bonita.
Vai servir para as minhas aulas de cívica.
Sabe que hoje usei nas minhas aulas " o enterro do 'não consigo'? "Encenei" um bocadinho e havia de ver os olhinhos dos alunos... gostaram. Coloquei este texto no seguimento do outro do Carlos sobre o "olhar o futuro" que eu lhe pedi "emprestado", com adaptações, claro!

Um sorriso do tamanho do meu país de origem.

Fátima André disse...

Raul,
penso que tenho esta parábola em Powerpoint. Hei-de procurá-la e quando a encontrar envio-lha.
(Espero não estar enganada).

Raul Martins disse...

Fátima, agradeço.
Um grande sorriso.