sexta-feira, 31 de outubro de 2008

O que aprendemos simplesmente vivendo

Todos nós recebemos mails de variadas temáticas: anedotas, fotografias, lamechices, textos de índole religiosa, sei lá que mais. Alguns são bem interessantes e é pena, na maior parte das vezes, estarem escritos em brasileiro, língua de que, aliás, muito gosto na forma oral. Hoje, dediquei algum do meu tempo, após as tarefas pesadas de preparação dos locais onde repousam os meus mortos, a “limpar” o correio. Encontrei um texto de há muito tempo (9 de Março de 2003) e que me vou permitir reescrever, usando-o a ele e à minha própria experiência. Creio que vale a pena.

APRENDI
Ao longo da Vida aprendi muitas coisas vivendo, simplesmente. Sem frequentar nenhuma Escola. Vejam o que aprendi:
Que a melhor escola do mundo está nos pés dos mais velhos.
Que quando estamos apaixonados não há forma de evitar que se saiba.
Que mesmo que uma só pessoa me disser "Fizeste-me ganhar o dia!", o meu dia está ganho.

Que adormecer uma criança nos meus braços é uma das maiores sensações de paz do mundo.
Que ser generoso é mais importante do que ter razão.

Que nunca se deve dizer "não" ao presente de uma criança.
Que quando não tenho condições de ajudar uma pessoa, posso, pelo menos, rezar por ela.
Que não importa até ponto a vida me obrigue ser sério, hei-de precisar sempre de um amigo para brincar.
Que, às vezes, tudo o que precisei para continuar foi ter uma mão para segurar e um coração para me entender.
Que os pic-nics que fizemos com os filhos quando eram pequenos fizeram maravilhas na forma como vemos a Natureza.
Que a vida é, muito prosaicamente, como um rolo de papel higiénico: quanto mais perto do fim, mais depressa passa.
Que devemos estar contentes por Deus por não nos ter dado tudo o que pedimos.
Que o dinheiro não compra a elegância nem o bom gosto.

Que são aqueles pequenos acontecimentos diários que fazem a vida tão espectacular.
Que debaixo de qualquer couraça há sempre alguém que precisa de reconhecimento e amor.
Que Deus não fez tudo num dia e que, portanto, não há nenhuma razão para eu julgar que o posso fazer.
Que ignorar os factos não altera a sua importância nem os faz desaparecer.

Que o amor, e não o tempo, cura todas as feridas.
Que a maneira mais fácil de crescer como pessoa é cercar-me de pessoas melhores do que eu.
Que não há melhor forma de receber alguém do que vestir um sorriso verdadeiro.

Que ninguém é perfeito até que eu me apaixone por alguém.
Que as oportunidade que desperdiço não se perdem porque alguém as vai aproveitar.
Que quando se cultiva a tristeza, a felicidade vai bater a outra porta.
Que gostaria de ter dito mais vezes a muitas pessoas que as amava e só o descobri quando elas já tinham partido.
Que se deve usar palavras suaves e macias porque, talvez um dia as tenhamos que engolir.
Que um sorriso é a forma mais barata de se melhorar o visual.
Que não há ninguém mais fortemente sedutor do que um bebé quando segura o nosso dedo na sua mãozinha.

Parecem lamechices também? Pois pareçam! O facto é estas são verdades que também eu aprendi com a Vida!

2 comentários:

ematejoca disse...

Olá Carmo:
"Que gostaria de ter dito mais vezes a muitas pessoas que as amava e só descobri quando elas já tinham partido."
Este pensamento tenho-o desde a morte da minha mae, e hoje vim aqui e também cá estava. Espero nao repetir esse erro outa vez, mas se for verdadeira, cometo-o todos os dias.
Volto outa vez, quando me passar esta tristeza.

BC disse...

Que lamechices tão verdadeiras, subscrevo-as por baixo, a todas, o que nós por vezes vamos encontrar!!!
Beijinhos avó amiga
Isabel